Os hospitais universitários da UFPB, em João Pessoa, e da UFCG, em
Campina Grande, além do Hospital Clementino Fraga, também na Capital,
serão os serviços de saúde referência na Paraíba em casos de
contaminação pelo ebola, vírus que causa febre hemorrágica e hoje está presente em Serra Leoa, Guiné e Libéria, países da África Ocidental.
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Embora
considere de baixo risco a disseminação para outros continentes, o
Ministério da Saúde brasileiro orientou os Estados a criarem ações de
vigilância e prepararem serviços de saúde de referência.
Na
quinta-feira (7), uma reunião na Secretaria de Estado da Saúde (SES)
definiu o grupo técnico que se responsabilizará pelas ações de combate
ao vírus. Esse grupo será integrado, além dos HU e do Clementino Fraga,
pelas gerências de Vigilância em Saúde do Estado e do Município de João
Pessoa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Porto de
Cabedelo e do Aeroporto Castro Pinto e Agência de Vigilância Sanitária
Estadual (Agevisa).
Pessoas que chegarem dos países africanos
apresentando algum sintoma da doença deverão ser encaminhadas a esses
hospitais. “No momento, as ações de vigilância estão acontecendo no
monitoramento da entrada e saída pelos portos e aeroportos de pessoas
que viajaram ou chegaram dos países com transmissão da doença. Como
nestes locais já existem equipes da Anvisa de plantão, são elas que
farão o repasse das informações, se houver necessidade, serão
encaminhadas para os hospitais de referência”, explicou a gerente
executiva de Vigilância em Saúde, da SES, Renata Nóbrega.
Ela
lembra as recomendações do Ministério da Saúde para quem vai viajar aos
países do Congo, Libéria e Guiné: não ter contato com animais
contaminados e pessoas doentes, uma vez que a transmissão da doença
ocorre através de contato direto com fezes, urina, saliva, sêmen de
animais e pessoas infectados.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, publicados no Portal da Saúde, neste ano já foram confirmados 1.009 casos e 574 óbitos na África.
Tanto
a população, quanto os profissionais de saúde poderão buscar
informações pelo telefone do Centro de Informações Estratégica de
Vigilância em Saúde: 8828-2522.
Ebola
O
vírus Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual
República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários
surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres
humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de
animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes,
antílopes e porcos-espinhos.
Existem cinco espécies de vírus
ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus,
Restonebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o
que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos
diagnosticados.
O período de incubação é de 1 a 21 dias e será
considerado caso suspeito de infecção por ebola o indivíduo procedente,
nos últimos 21 dias, de país com transmissão de Ebola (Libéria, Guiné e
Serra Leoa), que apresente febre de início súbito, podendo ser
acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta,
gengivorragia (hemorragia na gengiva), enterorragia (hemorragia
intestinal com eliminação de sangue pelo ânus), hemorragias internas,
sinais purpúricos e hematúria (sangue na urina).
Também serão
considerados casos suspeitos em viajantes ou profissionais de saúde
provenientes desses países que apresentem história de contato com pessoa
doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas
previamente doentes ou contato com animais doentes ou mortos. Nesses
casos a suspeita deve ser reforçada.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
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